O coração descongelado, transforma-se em vapor das ondas do mar.
Não dá para ser
O vapor que não volta ao mar
A poeira esquecida pelo vento
A folha grudada numa camisa velha
O nó formado na garganta
Impedindo o coração descongelar
A semente descartada
Por estar longe de terras tropicais
O cisco do cérebro no canto do olho
A felicidade que escolhe com quem partilhar
O fim exaustivo sem uma paz
Não dá para ser
Outro alguém a conquistar o horizonte sonhado ontem
A palavra caída ao chão
Por conta da voz embargada pela dor
A lágrima caída que desenha o rosto
Não cabe mais