Insônia

Músicas tecem minha insônia.

Minha mente se enche de sonhos.

Penso tanto e deduzo muito.

Não consigo dormir.

Desenho na escuridão a profusão de meu tédio.

Meus olhos pesam

E eu não consigo dormir.

Há tantos lugares pelos quais eu poderia estar a sumir.

Presa à luz dos postes

E amarrada à qualquer bar.

Esperando meu amor chegar.

Mas algumas músicas gritam minha insônia.

Minha mente é uma máquina à mil.

Meus pensamentos incolores cortam meu frio.

Mesmo no sono, meus olhos não pregam.

Meus dedos gritam: "POESIA"

E como posso negá-los algo que me vive em harmonia?

Minhas noites em claro são dedicados à isto:

Prosas e meu amor.

Para mim os dois tem quase o mesmo valor.

Mas minha insônia é uma doce tortura,

Prejudica minha saúde

E me espreme como que na ponta da unha.

A luz de fora me agoniza o peito

E a escuridão do meu quarto me deixa atenta.

Meus dedos desenham no profundo tédio

De minhas noites em alerta.

Algumas músicas tecem minha insônia,

Descrevendo-me em tudo e nada.

Dizendo sobre si e sobre mim.

Minha vontade de navegar num mar sem fim.

Estar amarrada à qualquer bar

Esperando meu amor me amar.

Presa às luzes da cidade,

Concluindo que tudo é só vaidade.

Respirando o ar que tem a madrugada,

Em alguma calçada com um copo na mão,

E mil sentimentos no peito, me fazendo escrever uma canção.

Maria R Montozo
Enviado por Maria R Montozo em 05/12/2020
Código do texto: T7128000
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