Lapso recorrente de memórias perdidas

Por que solidão?

Só lhe dão isso e nada mais!

A vida insiste em jogar com dados viciados, e a cada manhã mais um pouco dela se esvai nessa ampulheta chamada destino.

Enquanto isso os cachorros latem desesperadamente como se soubessem que a morte está chegando!

Pelas janelas sujas e embaçadas pela gordura que ali já se acumula, vejo a chuva caindo lentamente como uma folha de outono que almeja a liberdade que só o vento lhe trará.

E nós aqui choramos silenciosamente para não incomodarmos os que sorriem...

Seco as lágrimas ou elas secam-se sozinhas escorrendo pelas rugas que já trago no rosto, não sei bem ao certo.

As luzes são acesas e tudo fica claro como o dia, mais um dia ...

Dan Pérignon
Enviado por Dan Pérignon em 16/12/2020
Código do texto: T7136855
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.