VELHICE

Estou velho. Não me resta mais saúde

Minha esposa é fofoqueira amiúde

Nossos filhos se perderam pelo mundo

Restam as rugas de um orgulho profundo

Quase matei Arnaldo, amigo de infância

Só porque me disse que eu não tenho paciência

É que estou farto de intrigas, maldizeres

Nem quero mais buscar glórias ou prazeres

Apenas espero que o tempo passe calmo

No bar falando política, piadas, futebol

O meu caminho já trilhei palmo a palmo

Sinto a eternidade em cada pôr-do-sol

A cerveja me faz sentir vivo ainda

Pois minha vida parece uma linha infinita...

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 27/01/2021
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