(Imagem Google)


Tempo das Ilusões


 
Corremos contra o tempo em busca de emoções,
Juventude cega, sem urgência nem convicções.
Primaveras floridas e outonos parcos de flores,
Qual ciclos da vida, onde se vêm e vão os amores.


Tempo, tempo, tempo, tempo...das ilusões!
Que nos aprisiona em fases, com seus grilhões,
Levados pelo instinto, que transmuta pedras em flor,
Alimentados pelo prazer do corpo, esquecemos a dor.


Tempo que o coração se engana e o ego inflama,
Fala a língua dos tolos, acredita mesmo que ama,
Mas a vida pede calma e, também, sabe esperar.


Sonhos novos virão, mas, haverá razão na realidade?
Que o despertar da alma nos traga paz e  felicidade
E a vida, plena, nos ensine a conjugar o verbo AMAR.








             Agradeço a gentil interação do poeta  Solano Brum
 
SONETO (II)
Solano Brum

Tu disseste que eu "estava" no teu sonho...
- Estava ou estive? - Queria sabê-lo bem
Pois, pelo pouco que ouvi, até suponho
Haver dúvidas no tempo que o verbo tem!

Acreditar, não é um fato que me convém
Estando num labirinto escuro e medonho!
Se me debato, nenhum passo eu dou, além
Do átrio desse castelo fictício do teu sonho!

Se, enquanto dormes, sentes meu ser presente
Qual sombra enigmática e perturbadora,
No consequente volver que te faz sonhar...

Saiba que, o fogo que crepita, frio ou quente,
Age, continuamente na causa renovadora
Entre os corações, no tempo do Verbo Amar!

 
Lucia Moraës
Enviado por Lucia Moraës em 11/03/2021
Reeditado em 30/04/2021
Código do texto: T7204642
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