Pertencimento Letárgico
Há um espelho em minha frente...
Quanto mais olho em sua direção
Menos reconheço o reflexo criado,
Mesmo sabendo tão bem o que é.
Nada ali mudou
Continua os mesmos olhos de sempre,
Contudo já não são mais pertencentes a quem era,
São apenas as vívidas cores do que sobrara.
Há um espalho em minha frente...
Que me amedronta com sua imagem,
Gerando angústia e desolação ao olhá-lo
Para algo já tomado pelos tons de preto.
Ali pouco se reconhece o que verdadeiramente era,
Sofrível é observar por mais de alguns segundos
Aquela estrutura tão familiarizada,
Mas que de alguma forma já não é mais a mesma.