POESIA QUÂNTICA
Pego uma bolacha e a observo por completo
Por cima, por baixo e por todos os lados
Aproveito e tento sentir o peso entre os meus dedos
Há uma grandeza incrível bem aqui
Aproximo do meu nariz e sinto o cheiro dela
Memorizo-o fazendo circular pelo meu cérebro
Cuidadosamente levo em direção a minha boca
Encostando na minha língua, apreciando a textura
Vagarosamente, deixo entre os meus dentes
Dou a primeira mordida e paro por um instante
Ouço o som da bolacha despedaçada junto ao gosto dela
Criando uma sensação ímpar e estranhamente peculiar
Até aqui foram cinco sentidos ou mais
A intensidade é você quem faz
E ainda estou na primeira bolacha...