UM CANTO A AFLIÇÃO

Há um borrão de nuvens no céu,

O sol está presente.

O vento aos poucos baila,

O clima típico – Equatorial!

Ah, isso me dá um certo medo!

Talvez, à tarde, caía chuva...

Sim, o clima me dá medo!

Enquanto isso, o sol está a pino.

O suor aos poucos escorre lentamente

E no presente, leva consigo minha dor.

O vento resmunga entre às árvores,

Ás folhas velhas desprendem-se,

Liberdade! Sussurram ao chão.

Não!

Eu não!

Talvez meu medo venha sucumbir

Tão mais depressa que meus sonhos,

Ah, o clima me dá medo,

E as folhas novas, resistem!

É tão cruel amadurecer,

O sol castiga nossa mente

Entrementes, vão e veem – a gente,

E contrapõe-se a singularidade do espaço-tempo.

Não há teoria contra isso,

A solidão e a liberdade se entrelaçam,

E pouco a pouco se confundem lá diante,

E o que nos resta é um rascunho desvairado.

Ou, certamente, um verso apaixonante!

Há muito anos penso nestas coisas,

Que transforma o céu-anil em cor de chumbo.

Entristeço-me, abato-me, tão incerto!

Como o clima que me deixa em obscuro.

Já não tenho uma ideia tão lívida,

Nem mais lúcida como outrora,

Tenho fé que esta é minha hora:

Um desconhecido poeta, mundo a fora!

O poeta talvez seja essa Folha:

Vive presa na árvore do pensamento.

Amadurecer, desprende-se, e voa,

Pra viver poucos dias seu engajamento!

Mas nunca se cala, logo após seu passamento!

Por que seus versos, no entanto, atemporal.

Ari Poeta
Enviado por Ari Poeta em 23/04/2021
Reeditado em 23/04/2021
Código do texto: T7239010
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