A borra do café

Nunca quis saber do mal, nem da verdade;

Me impressionam esses monossílabos que lentamente vão apagando

a ilusão, algumas lagrimas costumavam me fazer esquecer tudo;

Também o inesperado costumava chegar na mesma hora, e simplesmente

anunciava que não existia;

Houve um tempo em que não quis ver ninguém, carregava essa angustia funerária e não ouvia nenhuma frase digna, nenhum conselho final, nem mesmo aquela hipocrisia piedosa;

Me escondi de tantas batalhas, para mim o mundo dormia enquanto minha consciência

esperava o momento de ser personagem da minha própria vida, mais esse momento evaporou, rapidamente,

Sofri com poucas lagrimas;

Tentei me compreender;

Tentei claudicar meus espaços;

O inesperado convoca compaixão, e me faz entender que existe o céu,

Mas que céu e esse?

E um céu de plenitude?

Ou e uma obrigação de passar pra ser julgado?

Então á interrogantes repetidas, profundos experimentos e posturas insólitas,extravagancias e aberrações;

Tentei compreender o tempo, mais nunca aprendi a ler a borra do café...

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 30/05/2021
Código do texto: T7267637
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