PARA ONDE IREMOS?

Para onde iremos nós?

Quem nunca se fez esta pergunta que atire a primeira pedra.

No mundo tecnológico há um clamor surdo pelo porvir,

pelo vir a ser, por um porto seguro.

A vida somente focalizada por uma existência materialista não faz sentido,

precisamos de algo mais, algo que esteja além da nossa vulnerabilidade.

A inteligência humana por mais fantástica que ela seja, ainda

não consegue responder a esta pergunta.

Numa tentativa desesperada de escamoteá-la, tem-se criado fábulas

sem fim, numa sucessão de possibilidades que se contradizem ou as vezes

trazem muito mais dúvidas e questionamentos além dos já existentes.

As descobertas científicas que deveriam confirmar uma dimensão além

da matéria são manipuladas para corroborar com a visão que é defendida

como sendo a Verdade, apesar de a própria ciência ditar que

não existe tal Verdade. O absoluto é impossível!

O fato de sermos criaturas finitas apenas nos impede de conhecer

aquilo que é absoluto, mas isto não quer dizer que ele não exista.

Gerações após geração se interpõem, contudo, e os seres humanos ainda

tem as mesmas dúvidas e por vezes a mesma atitude dos ancestrais

mais remotos, como:

matar, roubar, enganar, desprezar, julgar a aparência, escravizar,...

O que em nossa humanidade temos de melhor a oferecer hoje

que foi impossível no passado?

NADA! Somos os mesmos!

melhor dizendo, tornamos piores porque toda a devassidão que habita

em nosso meio é tido como normal.

“Só os mais fortes sobrevivem” , parece ser algo novo, genuíno até!

Mas, num passado recente houve um holocausto sob esta égide.

O mundo está tomado pelo orgulho, o momento vivenciado em nossa história

dá a entender que alcançamos independência, o conhecimento que nossos primórdios

levaram milhares de anos para adquirir está obsoleto, e isso só com algumas

dezenas de anos da geração ciência.

Não critico a ciência por esta situação, mas os maus cientistas que

se inflam por suas descobertas e as pessoas que os idolatram.

Eis que a soberba jaz a porta e a estupidez também.

E a “velha” pergunta continua a nos tirar o sono.

Para onde iremos?

Há um clamor surdo pelo porvir, pelo vir a ser, por um... porto seguro!

Lendo as entrelinhas
Enviado por Lendo as entrelinhas em 08/11/2007
Código do texto: T728599
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