A chuva da manhã

A chuva desce

Nos telhados reverberam os sons

Brota a nostalgia

De uma manhã sombria

Gélida, fria

Refrescada pela cálida e ruidosa garoa

Tempo bom

Chega pra cá meu bem

Aquece-me

Essas escamas de gelo quebrarão

Que envolvem meu coração

Do sombrio sou refém

Até a solidão me desdém

A chuva

É a única que comigo conversa

Acalma-me como mestre do oriente

Repousado numa tapeçaria persa

Marcio Elias Martins
Enviado por Marcio Elias Martins em 08/11/2007
Código do texto: T729029
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