Extremos do meu ser
Perdida em meio a ilusões e desenganos,
Vago sozinha, com tristes planos.
Na realidade do meu ser errante,
Possuo ainda propósitos para mais adiante.
Não quero andar e parar,
Quero caminhar e chegar.
Não nasci pra acertar e nunca errar,
Mais vivo errando porque tento acertar.
Faço das mentiras que invento
Verdades que eu quero escutar.
E das verdades do meu ser
Pedras que podem te acertar.
Ferindo-te não quero te machucar.
Quando eu rio, não quero chorar.
Com tudo, nada quero encontrar.
Por estar feliz, de tristeza eu não vou lamentar.
Ao acordar, não quero ver anoitecer.
Ao dormir, não quero ver o sol nascer.
Quando me apaixonar, não quero me iludir.
Quando amar, não quero odiar por sofrer.
E quando eu morrer, espero em paz viver...