Fim de semana

A balbúrdia deu lugar ao silêncio,

Os passos atravessando a casa;

São rastros deixados, pó de asas,

De um besouro arrastando lenço.

Nas horas frias dessa madrugada,

Paredes bege fingem adormecer...

Estão atentas, e escutam caladas,

Não temem sombras do anoitecer.

Sabem que o dia romperá as horas,

E a noite com sono dormirá em paz;

A casa acordada terá passos a mais...

Os chinelos barulhentos da senhora.