Vida

A vida me escreveu uma vez.

Torcendo para que a vida sempre sorrisse para mim.

Mas a vida só me aferroava.

Era um ciclo sem fim.

O sorriso da vida me fazia de palhaço.

Me acuava. Me atormentava.

Ainda que minha armadura fosse de aço.

Decidi mudar as peças do tabuleiro.

E a ordem dos produtos.

Apaguei o nevoeiro.

Encontrei meu salvo-conduto.

A partir de agora, eu que sorrio para a vida.

A vida não me ganha.

Eu ganho a vida.