Floresta da vida
Levei um sopro no rosto
O olhar do sul
Abriu-me sem pressa
Desaguou sonetos
Nos meus relances
Como uma fresta
Ouvi, refleti.
Rasguei meu peito
Em plena labareda
Desfiz sentimentos
Em palavras reservadas
E aconchegantes
Mero sonhador
Que viveu pouco,
Mas tem história de velho.
No alcance da paz
Vi-te sozinha
E resolvi encher-te
De esperança e força
Porque sou pensador
Sou homem
Sou amador das palavras
Sou cultivador das amizades
E seringueiro das florestas
Da vida.