Amarras
Pensando nas amarras...
Penso não das visíveis, físicas, tangíveis... Estas, ainda lhe dá esperança, dignidade... Retira de você a responsabilidade da escolha...Ficando o lampejo da fuga, da rebeldia, da oportunidade...
Penso nas amarras invisíveis . Daquelas que te prendem a um lugar, a uma situação, a uma pessoa, a um trabalho...
Estas amarras te sufoca, te mata lentamente, te envelhece, te fadiga...
Libertar-se é mais difícil por que são invisíveis aos olhos.
A alma fica acorretanda, presa em seus próprios temores, em suas desculpas... Assoitada pelo tempo as amarras resistem... Mais ainda, ficam mais fortes.
Não se espera mais, não se sonha mais, não ousa mais, não se quer mais ...
As amarras tornam-se então, parte de sua existência, sua companheira de todas as horas, de uma vida inteira...
É preciso coragem para querer, sair do mundinho planejado, calculado, sufocante...
É preciso, primeiro, que se enxergue as amarras para que a alma vença os grilhões e então se possa acreditar que o mundo é cheio de possibilidades...
É preciso se perdoar, é preciso perseverar, é preciso acreditar que você merece ser feliz e que os erros fazem parte do aprendizado...
É preciso acreditar que no fim do arco íris tem um pote de ouro... E se não tiver, tudo bem, valeu pela caminhada... O vento na cara, a vida pulsante e o delicioso vigor da libertação...