Morte em vida, mas não é Severina...

Me sinto morta, não morta de tudo, talvez...

Não penso na vida, nem a morte eu temo

Estou parada na encruzilhada da vida

Tentei me esconder do sol que nascia

Tentei ver as luzes no breu da noite, mas luzes não via

Não via o sol que nascia

Não via as estrelas caindo do céu

Não via a lua que brilhava

Não via a mim...

Agora me vejo perdida, tentando encontrar o caminho de volta

Não volto para a vida, eu sei, estou morta

Não morta de tudo, há vida em mim

Ainda sinto o perfume das rosas

Ainda sinto o cheiro da terra molhada

Ainda sinto os desejos da vida que eu tinha

Ainda sinto bem forte as angústias no peito

Ainda sinto os anseios

Ainda me lembro dos sonhos que eu tive

Há vida em mim, estou viva

estou viva, me sinto viva assim...

Espero acordar amanhã

lembrando de um sonho ruim que eu tive

Espero acordar, porque durmo

e ouço a vida passar

Espero a vida de novo

porque sei que não morro

não morro de tudo, há vida em mim

Ana Campos
Enviado por Ana Campos em 15/01/2022
Código do texto: T7430175
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