O PEQUENO HOMEM

Acordou-se além daquele dia;

como nunca, percebera

o brilho da luz do sol que viria

num raio de incerteza.

Entendeu-se alguém pensante

além das jaulas de ferro,

a aprisionar-te tão errante,

fronte ao imenso sotero.

Desligou-se mediante o ontem,

intermediado pelo dissabor

presente nos temores que escondem

disfunções advindas da dor.

Atirou-se do penhasco escuro

repleto de tantas águas turvas.

As marcas em seu destino impuro

cobriam o palor como burcas.

Retornara-se morto e distraído de si

apenas respirando o gélido ar

que passava antemão do fim a ti

em busca do sono a lhe amparar.

Hivton Almeida
Enviado por Hivton Almeida em 13/02/2022
Código do texto: T7451169
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