A Baudelaire

Quando a definir que se passem os dias tentos

E um folclore inteiro entenda teus sonhos

E as quimeras são guiadas por um surto bom e divino

As centelhas passam e repassam pela vida

É guiando esse pensamento

Como um bonde sob a esquina

Assim é meu dilema

A única coisa que não coalesce comigo é minha alma

Mas permaneço firme com a moleza dos pés sobre o chão

Soterrado esta o último homem que vi, os espelhos mostram a verdade

Nem todas as mortes terão a mim o claro esplendor de um reflexo

Mas todas terão o peso de ser um fato breve, de ser morte, posto que o fenômeno deve ser muito mais que prantos

Pessoas e murmúrios

Cativo estou, sob meu sono

Ando sonhando com o fim das coisas

Mas durante todo esse tempo, não premeditei o abandono de mãe e filho

Nem hesitei meus cigarros.