113°

O poema é uma lastima

Uma lagrima que banha o rosto

O poeta vive chorando

Sua vida é uma eterna poesia

Dentro da mortal existência

O poeta brinca com os versos

Inventa palavras o tempo todo

Sua melancolia é o universo desfeito

Ele destrói a pangeia de sentimentos

Ele percorre os caminhos sombrios

No canto da sala um livro perdido

De um poeta que buscou carinho

Lastimoso enganador de versos

Fez o inverso para ser feliz

Colheu o que nunca plantou

Escreveu o que não publicou

Fez o poema triste para vender sorrisos

Sua poesia é um ato do que não existe

Seu maior erro foi crer no amor

Sendo ele um exímio ateu.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 11/06/2022
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