QUIMERA, QUISERA, PUDERA!

Na covardia da minha fortaleza

Na força do meu medo...

Eu permaneço em pé, tentando não desabar!

Contudo, minha intuição grita loucamente, dentro de minh’alma...

Uma gritaria insana, profana, promíscua!

E eu quase enlouqueço todas as madrugadas!...

Finjo não desmoronar.

Quando na verdade, por dentro, sou ruínas.

Põe para fora essas facetas...

Abre essas gavetas...

Deixa o coração falar, menina!

Sua sina é a traduzir os sentimentos do mundo!

A fundo, num choro contido...

Num dolorido minuto de espera

Quimera, quisera, pudera!

Espero sentada na escada, olhando a vida

Sentindo na ponta dos dedos o formigamento da ansiedade!

Que idade mais besta para ser assim!...

Em mim batem todos os medos, Compassados sincronizadamente com o meu pulsar...

Preciso expressar o que sinto!

Se minto, dizendo não me importar...

Saiba que me importo, diuturnamente!

Minha mente trabalha dia e noite...

Achando as soluções mágicas para isso tudo, dentro de mim!

A pele, os cabelos, o toque, o tempo...

Tudo é feito para confundir minha ansiedade!

Saudade de quando minha única preocupação

Era escolher entre o leite com Toddy ou Nesquik...

A gente era feliz e não sabia!

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 21/06/2022
Código do texto: T7542913
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