Toda meia noite
Toda meia noite, toca o primeiro badalar
a magia então começa, pensamentos fazem festa
caneta cria vida, começa a rabiscar
com suas letras, meu caderno, infesta
Qual sentimento vai se manifestar?
Quem tomará as rédeas do versificar?
Perco a razão, tudo em mim vira emoção
quando o sentir encosta na folha
nascer, big Bang, explosão
Toda meia noite, ressuscito meus medos
e minhas falhas me condenam
sinto o peso de tantos segredos
paranoias me envenenam
E isso tudo vira poesia
e isso tudo, de mim, é parte
meia noite nasce a magia
meia noite minha dor vira arte
Toda meia noite, com meus sonhos me fortaleço
conto todas minhas vitórias
com um sorriso, me aqueço
abraço as boas memórias
E isso tudo vira poesia
e isso tudo, de mim, é parte
meia noite nasce a magia
meia noite minha alegria vira arte
Toda meia noite, lembro de cada expectativa
choro por cada frustração
revivo memórias nocivas
que murmuram mágoas ao coração
E isso tudo vira poesia
e isso tudo, de mim, é parte
meia noite nasce a magia
meia noite a decepção vira arte
Toda meia noite, lembro dos meus amores
penso em todos que me fazem amado
naqueles que pintam meu mundo com cores
e agradeço por estarem ao meu lado
E isso tudo vira poesia
e isso tudo, de mim, é parte
meia noite nasce a magia
meia noite o amor vira arte
Toda meia noite, lembro dos que me feriram
em um instante lhes desejo sofrimento
no outro? Aceito que os passados partiram
Todo mundo falha, e por fim enterro aqueles momentos
E isso tudo vira poesia
e isso tudo, de mim, é parte
meia noite nasce a magia
meia noite meu rancor e perdão viram arte