O invisível...
Manhãs automáticas e contínuas
Que passam sem que sejam percebidas
É ousadia dizer que é harmonizado?
Ah! Que ironia...
Harmonia onde a paz não se encontra
E tudo que deparamos são repetições
Onde o suspirar pesado se faz presente
E o sorriso cada vez mais ausente
Junto com a alma
Que se esvai um pouco mais
Cada vez mais agonizante
Em busca de algum contentamento
Então voltamos...
As manhãs sempre iguais
Com as configurações pré-estabelecidas
Mas ainda inconscientemente desconhecidas
Voltemos ao padrão cômodo
O levantar metódico e ritualizado
Sim... Voltemos aos espinhos invisíveis
Que penetram a carne
E nos fazem chorar feito criança
Mas tudo bem sejamos iguais
Mesmo que isso nos corroa internamente
E o sorriso falso se faça presente
Se isso satisfaz algumas pessoas
É assim que tem que ser
Pessoas quebradas porém contínuas
Em manhãs infinitamente iguais