Queria um divã

Queria deitar no divã e falar dos sentimentos que aprisionam minha alma .

Queria deitar no divã e falar dos sentimentos que não sinto.

Queria deitar no divã e falar das dores.

Dores que são minhas , dores que são dos outros , mas castigam a minha alma .

Queria deitar no divã e falar do ócio , da vontade de não fazer nada .

Queria deitar no divã e ficar calada ,

deixar o silêncio falar por mim.

Queria deitar no divã e curar a saudade que deveras sinto .

Queria deitar no divã e sentir a doce alegria

de ser inconsequente, sem ser julgada.

Queria deitar no divã e falar por horas sem fim, sem medo , sem pudor e sem regalias.

Queria deitar no divã e sorrir das verdades que falo brincando e das brincadeiras que finjo

que são verdades.

Queria deitar no divã e acordar leve, livre e destemida .

Queria não?

Quero,

desejo e preciso .

Quando curamos as mazelas

que moram dentro de nós,

somos mais felizes, agradáveis ,

generosos e

sorridentes.

Para Ana Flávia Furtuoso, que seu futuro seja

brilhante como você.

Luciara Furtuozo
Enviado por Luciara Furtuozo em 28/07/2022
Reeditado em 11/07/2023
Código do texto: T7569537
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