A menina dos meus olhos

Não sei se conseguem me ouvir,

Não importa quanto eu grite.

Mas quando me mostro,

É só crítica...

Então como vou pensar

Que uma menina não é um monstro?

E não importa o que eu grite,

Tudo em volta me agride...

Não ligo, não mais

Se um dia eu partir,

Quero ir pra longe daqui.

Encontrar um lugar

Onde eu consiga sorrir.

Infelizmente não sei

Onde foi que errei,

E só ouvia:

"O que você fez?"

Então mentia pra mim mesma...

E dessa vez,

Vou por minhas cartas na mesa.

"Tô" escrevendo o meu "Era uma vez..."

E não importa o que faça,

Não importa quanto eu grite.

Só quero um canto pra suportar minhas crises.

Como podem falar de amor,

Se quase ninguém escuta minha dor?

O rumo que está tomando,

Eu não sei se vou resistir.

Eu sei o caminho,

Só que preciso de uma taça de vinho...

Depois do terceiro gole,

Percebo que tudo é um recomeço.

Quero um bom poema,

Algo que descreva a solução dos meus problemas.

Eu pago qualquer preço.

Demorei, mas hoje sei o meu valor.

Demorei, mas sei o que mereço...

Sozinha em cima da minha cama,

Me pergunto a cada minuto

Se alguém realmente me ama.

E toda vez que me mostro,

Todos me vêem

Como se garota frágil

Fosse um terrível monstro!

Tento me convencer do contrário,

Minha culpa é não ter me cuidado.

Fiz tudo o que pude,

Mas o ar aqui pesa.

Então guardo minha reza.

Cansei de viver com calma,

Mas hoje vivo com um pouco de pressa.

Hoje procuro paz,

Uma pena ter demorado demais

Pra buscar a felicidade.

Então irei reescrever tudo,

Não é por um estado

Do meu próprio espírito.

Só preciso de um novo mundo!

Tenho que apertar o passo,

Olho para os lados...

Onde estão aqueles que diziam estar ao meu lado?

Minha nova versão

É uma tela em branco,

Então vou fazer uma pintura

Iguais as de Pablo Picasso.

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 18/09/2022
Código do texto: T7608763
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