Ainda não Aprendemos

Os dias passam

E a rotina consome nossos corações

Discutimos pelo trabalho

E também por caprichos

A noite cai

Vem o descanso como consolo irreal

Achamos que fomos bons

Volta o dia

Quais os lucros?

As centenas?

Os milhares?

Quais as garrafas nas festas pintadas?

Farras

Caras amarradas

Não falei mais com ela

Por ter virado o rosto para mim

Capricho...

Não calo minha boca

Como os adolescentes sempre dizem

Foda-se a vida complicada

E as cadeias lotadas

E as misérias amarguradas

As caras encarceradas

As almas apelidadas

As mascaras dos dias em dias

Somos todos palhaços de nós mesmos...

Ai vem o cala boca

A Morte

Paramos para refletir...

Puxa, aquele rapaz era bacana

Nem houve despedida

Nem houve tempo

E o tempo que perdemos?

Contou como real

Na reflexão da sombra da morte

Tudo fica mais transparente para nossas almas

Mas ai dali a pouco

Vem a rotina esmagadora

E volta nos consumir...

Que vida banal!

Temos que tomar cuidado

Para não sermos como cavalos

Com a tapa olhos nos cegando...

(Dedicada a morte de um amigo, para que todas as pessoas percebam o quanto temos que nos doar nos nossos relacionamentos, sejam eles amigos, amores, pais, mães, filhos...)

(02/Dez/2007)

gliard tavio
Enviado por gliard tavio em 03/12/2007
Reeditado em 03/12/2007
Código do texto: T763041
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