O QUE O OLHAR VISLUMBRA
Furando o gelo nada mais há às margens do rio! Nem barco. Nem canoa. Nem navio.
Barro vermelho como o dia de alegria, poeira, vento e ventania, ar, aroma e magia, mãos separadas. Pés que caminham, que sempre caminham!
Imenso mar, ondas, peixinhos a nadar. Olhos e cores, bolinhas de sabão que se vão.
Por entre os dedos desliza a vida e deixa o sabor, a flor e o calor que renasce com o dia.
Pura pureza palpável, palatável, pétalas macias, meigas, metade, tudo turvo, vento, chuviscos. Riscos a correr. Ao encontro do ser escondido piscando, olhando Luzes mágicas. Sabor. Sereno. Remédio. veneno... que também cura. E o horizonte é a estrada que o olhar vislumbra.