Tudo e nada

Longe de tudo,

Perto do nada,

A curva da estrada,

O cambalear mudo.

O viandante vagueia,

Perambula pelo mundo,

Anda sob a lua cheia,

Reflete de modo profundo.

De uma vida que nada se leva,

Ficam resquícios da memória,

Do esquecimento contido na treva,

Jaz na geleira fria da história.

Retratar o eu verdadeiro,

É tarefa hercúlea,

É melhor permanecer sorrateiro,

Apenas contemplar a vista cerúlea.

Na linha distante do horizonte,

Uma incógnita paira no vazio,

O advir que ainda está distante,

Tudo depende do nosso próprio alvedrio.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 02/02/2023
Código do texto: T7710095
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