ALFORGE DA ALMA

Não há sossego nos dias inssossos

A alma se desloca

Por terrenos abandonados

Dentro de si mesma

Não se socorre

Quando decide saltar sobre seu anseio

Não baila com a alegria

Quando esquece seu ritmo

Não assobia com o vento

Pois trancou sua janela principal

Sorte que junto a ela ainda carrega seu alforge

Que a atrai para seu universo próprio

De onde subtrai o que sempre lhe foi inerente

Adelfo Sopran
Enviado por Adelfo Sopran em 06/02/2023
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