Despida... De alma!

Talvez esse seja o último texto.

Talvez daqui um tempo eu não veja mais...

E enxergue com a alma!

Então, tirei o dia para me reconectar com o que me preenche.

Com o que faz meu peito inflar...

Com o que faz meu sorriso brotar quase que involuntariamente.

Pensei nos meus amores.

De pele e de pelos.

Nos meus gostos preferidos.

No sabor da paçoca da mãe.

No miojo de carne.

No leite com Nescau!

No bolinho de pingar da vó, na tarde de chuvisco.

Na bala de eucalipto... E no Halls preto, também!

Fechei meus olhos e decidi ouvir a melodia das músicas.

Na magia dos acordes.

Na importância de vibrar o coração!

E senti uma lágrima rolar, solitária.

Senti uma pontinha de tristeza.

Mas, senti que estou viva, por dentro...

Que essa ternura ninguém ainda me tirou.

Ainda de olhos fechados, toquei no focinho da minha neném!

E pude sentir seu amor por mim...

Algo puro e eterno!

Como são doces os animais!...

Quisera o homem ter metade de seus corações!

Talvez esse seja o momento mais íntimo de mim...

Onde eu abri meu coração para meu leitor!

Onde eu revelo meus medos e minhas facetas, gavetas .

Algo que eu sempre escondi.

E poucas pessoas puderam conhecer.

Hoje meus olhos buscam o que só a alma enxerga!

E eu estou pronta para sentir com as pontas dos dedos

O que de belo existe entre a alma e o amor...

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 07/02/2023
Código do texto: T7713418
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