Loucura
Parla tu sobre a loucura
Em um mundo monogamíco
Com humores consisos
E ruas acizentadas
Queres tu especular a loucura?
Com que direito?Quem te permites tal coisa?
Acredito que nunca caminhares entre cadáveres
Nem nunca ouviu-os respirar
Garanto que nunca caiu de um prédio
Tentando escapar da imagem que fugia do espelho
Deixe de conciliábulo com suas misérias.
Liberte-se desse dogma maldito
Infundado, cheio de falhas e erros
Pense que a loucura tem sua razão
Feliz alienado
Que cre em sua razão insana
Enquanto tu e eu estamos preocupados
Querendo entede-los
Mas sequer abrangemos nossa complexidade
Quem sabe não é uma histeria coletiva
Esse desvario em marginalizar o estranho
Pobres loucos, esses médicos que nos tratam
Não percebem com suas roupas brancas
Que não são verdes como nós
E sobre seu grande salto
O diploma nos pisoteia
Nós que somos assim...
Denominados LOUCOS