O POETA DO FINALMENTE

Era necessário pois

Que fosse um poeta então

Para anunciar depois

Da bomba enfim, nosso fim.

Quem melhor e mais dramático

Em rimas transcreveria

A inútil epopéia humana

No planeta, sua cova.

A bomba do finalmente

Uniu numa só tragédia

As tragédias solitárias,

E a Terra em nova Pangeia.

O poeta clama aos ventos

De sabores nucleares:

Estou só, eu só e os ares!

Estou pó! Não restam tempos...

rub levy
Enviado por rub levy em 30/05/2023
Reeditado em 03/07/2023
Código do texto: T7801397
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