Longe das mãos

O tempo é sempre o tempo,

Não está em nenhuma mão,

Não é presa de nenhum sonho

E nem de nenhuma emoção.

Nele lança-se asas e penas

Que se muito elevam ou não,

O tempo não volta, é o tempo,

Não está em nenhuma mão.

Nele vidas passam, é o mesmo,

A guardar e a reter segredos

De quem a ele se entregou,

É o limite, não é eterno,

Que leva coisas eternas

De quem muito nele sonhou.

Nina Marques
Enviado por Nina Marques em 31/05/2023
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