Um sentido qualquer pro amor
Ontem eu joguei,
metáforas pela janela
e você andando pela avenida as encontrou,
se então você assumiu que é uma mentira,
e eu que sempre fui a mesma cética
Me perdi ali.
O teu discurso pareceu muito bem ensaiado,
eu bem que estava ali do seu lado,
mas todos já entendemos que esse é um filme de drama.
A cada palavra sua, bem medida,
ainda que comprovasse sua pose de garoto certinho,
o chão ia afundando, mas quem afundava era a minha vida
e devagar acabava me lavando
Se você disesse um "No entanto"
o amor não seria uma contradição qualquer.
Minhas noções de amor não dizem nada
quem as criou em mim foi você
enquanto o mundo errava,
em me apresentar nos acasos a voc~e.
Meus pedidos já se foram,
antes de terminar os segundos mais perfeitos que eu cronometrei,
dizer bobagens era tão bom,
agora o fim do poço é só ouvir
o mesmo som,
um timbre contido da tua voz.
Vem dizer que as cançãoes mentiram,
o meu lado que te odiava
precisou ser convencido a te amar assim.
Não foram poucas as metáforas que você encontrou,
no chão...
metáforas ridículas de outra ilusão.
"Não vale a pena!"
repetem os restos do meu ego
da auto-estima, hoje não tão alta
porque voc~e levou,
Quem tomou o veneno ruim foi eu,
prestes a dilacerar meu mundo inteiro,
vi que não você não era mais um cavalheiro,
hoje nem sei se estou...