SILENCIOSAMENTE
Silêncio vadio, ruído
e desvario dentro de mim.
A porta bate, o cão late
as memórias da fome.
O afago não chega, o beijo
não molha,e a cortina se abre.
Silêncios por todos os lados,
nos corredores, nos amores
não correspondidos.
Os sussurros são raivas
pequenas e nada serenas
dessa minha lealdade,de ser
cão sem dono...
Um trono sem rainha.
Poesia e pele se arranham,
nesse duelo de impossibilidades.
Eu preciso despir-me desses
silêncios corruptos.
Quero estar vestida de mim,
para encontrar-me de fato.
LuciAne 19/12/2007
08:40
poesia on-line