SILENCIOSAMENTE

Silêncio vadio, ruído

e desvario dentro de mim.

A porta bate, o cão late

as memórias da fome.

O afago não chega, o beijo

não molha,e a cortina se abre.

Silêncios por todos os lados,

nos corredores, nos amores

não correspondidos.

Os sussurros são raivas

pequenas e nada serenas

dessa minha lealdade,de ser

cão sem dono...

Um trono sem rainha.

Poesia e pele se arranham,

nesse duelo de impossibilidades.

Eu preciso despir-me desses

silêncios corruptos.

Quero estar vestida de mim,

para encontrar-me de fato.

LuciAne 19/12/2007

08:40

poesia on-line

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 19/12/2007
Código do texto: T784276
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.