O silêncio

Ao amanhecer do dia,

quando o sol começa a brilhar,

um imenso silêncio se eleva no ar,

um silêncio que tem gosto de solidão.

As ruas desertas, sem uma alma nelas,

as árvores sem suas folhas como testemunhas,

o silêncio se torna dono do dia,

e em cada canto ele vai estendendo seu abrigo.

Não se ouvem vozes, nem risadas, nem choros,

apenas o vento sussurra ao passar,

o silêncio se adentra nos corações,

invadindo cada canto da cidade.

No silêncio se escondem os sonhos,

as palavras não ditas, os pensamentos calados,

e entre sussurros de tranquilidade e paz,

eleva-se o canto dos enamorados.

Mas também no silêncio se escondem os medos,

as tristezas e as angústias,

o silêncio se torna um refúgio sombrio,

onde os segredos são guardados sem revelar.

O silêncio é um poço profundo,

onde cada um encontra seu próprio sentido,

é um mar tranquilo e sereno,

onde se busca o equilíbrio perdido.

Então não tema o silêncio,

abraça sua presença e deixe-se levar,

descobrirás que sempre há algo a dizer,

mesmo na mais profunda quietude e solidão.

JOSÉ MÁRIO POETA CADEIRANTE
Enviado por JOSÉ MÁRIO POETA CADEIRANTE em 25/09/2023
Código do texto: T7894078
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