Efemeridade

Quando o amor é sem arrimo

e esse eixo se solta

- quer pelo tempo,

pelo vazio d'existir -

é finita a felicidade

(já sabida viajante)

vai e vem, em momentos

vedada por tormentos

perde o impulso pra voltar

Quando a vida não tem foco

ou a mente adoece

- quer de dor, ou covardia

em brigar co'a solidão -

é fugaz a verdade

d'estar poeta ou

ser constante, à sorte

uma entrega à própria morte

a nulidade de (se)amar.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 03/10/2023
Código do texto: T7900104
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