Discípulo de Marat

O doente em águas mornas anseia pela vida

O outro doente , em tormento, persiste na crítica ferida

O doente clama em sua voz de razão, a argumentação é construída

O outro doente, nas sombras, sussurra, na voz, sabedoria vívida

O doente já foi ceifado por conta de seus textos e palavras fortes

O outro doente, se afoga no pensamento

Vivendo pelo cérebro, o espírito questionador ainda mantêm-se em direção ao norte enfrentando as mortes

Marat e o jovem, a jornada da existência que nem a ampulheta pode apagar o momento

O destemido e o cauteloso, dançam nas sombras das antigas pinturas

O audacioso e o discreto, pensamentos que se deslumbram

Aquele que brandou alto e o outro, o pensador profundo das gravuras

Num estrondo um só, o outro perdura no mundo, coisas que nunca mudam

No final, o outro doente persiste, na escuridão, o seu refúgio

Como Marat nas tintas, não pretende deixar essa vida ser esquecida

No romântico lamento, o jovem continua como um naufrágio

Entre coragem e a paranóia, a história eterna é tecida.

Lucas Doe
Enviado por Lucas Doe em 17/11/2023
Reeditado em 17/11/2023
Código do texto: T7933992
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