Se alguma vez, nos salões de um palacio,

sobre a erva de uma vala ou na solidão morna

do vosso quarto, acordardes de uma embriaguez evanescente ou desaparecida, perguntai ao vento,

a vaga, ao passaro, ao relogio, a tudo o que foge,

a tudo o que geme, a tudo o que rola,

a tudo o que canta, a tudo o que fala,

perguntai-lhes que horas são;

e o vento a vaga, a estrela, o passaro,

o relogio, vos responderão:

São horas de vos embriagardes!

Para não serdes escravos martirizados do tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem cessar!

Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha.

Mas embriagai-vos! Deslumbrai-vos!