Afluencers
Belém, 28 de dezembro de 2023.
Postes iluminam o caminho
Ratos correm por cima das casas
Peraí, engano
É uma história de um stories
Das divagações cabisbaixas
Rola a tela mano
Se rolassem sua vida
Com os dados da sorte
A banca nunca perde
E você sem o filtro das intenções
E sem sentido like sentado
Você deu um escorão
Na escória que estamos
Score que não temos
Escoriações
Você influenciou
Inflou a ilusão
Afluente água
Tantas aflições
O seu júri num K de processos
Vestidos de toga e um martelo de dedos
Não sujeito a erros
Não adianta recorrer
Pois não se trata de dizer a verdade
Rola a tela mana
Se prendessem sua vida
Numa cela de tela
A melancia dá em árvores
E você reclamando que foi tudo mentira
Neste verso quem és para protestar?
Quem é você?
Você quem é?
Numa tela fechada
Que não admite
Aprofundar uma conversa sincera?
E num somente quarto
Vem a solitária
Solidão que temos
Tão soledade
Você prevaricou
Com minha presença
Você deixou comum
Esta maldade
Quem você pensa que é?
Pensas que existe?
Pensa que você é?
Se pensas logo existes?
Você afluiu
Flutuou do Mal
Afluente vida
Para o Mundo Real
O sol correu na pele
Pela madrugada
De sonhos que vieram
De quem pensou