No quarto escuro da tua ausência

No quarto escuro da tua Ausência

tranquei meu coração magoado,

fechei as janelas do cansaço

e adormeci na cama do silêncio

onde morro desde o dia em que

nasci!

Aqui a vida respira-te ...

Meu corpo navega-te por dentro ...

Há espadas afiadas e punhais

pontiagudos nos meus olhos ...

É inútil o desespero de esperar-te.

Aqui as mãos são de sangue!

Abre-se em frente a mim um mundo

oculto de espanto e é palpável

o inefável de sê-lo.

Aqui os olhos são de água!

Desnuda-te e lava-te nas minhas

lágrimas ...