Necessidades

O corpo estraçalhado

Não passa de um fardo,

Uma triste incógnita

Do que significa.

A eficácia humana

Que é insignificantemente só

Mistura-se com a lua

E vira pó.

As noites não passam de notas ruins

Em música que parece não ter fim,

E, em dó infeliz,

O corpo não passa de ralé.

O espelho é a verdade?

Ou a alma seria calamidade?

Não que a realidade baste,

Contudo a necessidade é temerosa.

E numa ânsia teimosa

A humanidade anseia pelo caos

Que, em fins de tardes,

É apenas cruel.