Não julgueis, para que não sejais julgado
É justiça desvendada
É leilão da indulgência
É balança viciada
Cifrões compram a inocência
São os dedos apontados
É o tribunal ilusório
São pecadores frustrados
Querendo um bode expiatório
É o protesto corrompido
É onde já não há clemência
É o povo enfurecido
É o marchar da violência
É a pregação de um santo parasitário
É um perdão que só existe na oração
É Cristo ainda morrendo no calvário
E o povo ainda sem saber o que é compaixão
Pois, lembre-se...
Da forma que julgar
Será seu julgamento
A régua que usar
Medirá seu comprimento
Pois, alerto...
Não julgueis
Isso é sempre arriscado
Repito, não julgueis
A hipocrisia é um fardo
Mais uma vez, não julgueis
Para que não seja julgado