ÁRVORE TRISTE

Não viu passar sua infância.

Cresceu numa primavera!

Mas Deus, que sempre atendeu

à filha que nEle espera,

preservou-lhe o coração.

E ela deu importância

a um afeto constante,

que com alguém quis trocar.

Seu fruto, doce e calmante,

chegava a ser tentação!…

De corações transpassados,

seu tronco se enfeitou.

Mal lhe restou a memória

dos ninhos que abrigou

em favor da criação!…

Aos temporais… aos ciclones…

resistiu, determinada!

Jamais deixou de acenar

a quem passava, na estrada,

direto ou sem direção.

Hoje, está desfigurada

por tanta indiferença!…

E treme, pois conheceu

forte frio e dor intensa!

Nem pode dar-te a mão.

MARIAN BATTISTELLA PACELLI

MARIAN, em sua obra transparece um sentimento raro que, para mim, é fundamental: doação, entrega de si.

Não são muitos os poetas que podem fazê-lo.

Há algum tempo, reli Hugo. Árvore Triste me fez pensar

no Bücher de Jean Huss

Do admirador Professor Geraldo Tolosa

Marian Battistella Pacelli
Enviado por Marian Battistella Pacelli em 11/04/2024
Código do texto: T8039555
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