Necessidade de Renascer...

De quantas façanhas é capaz o ser,

No universo, único elemento racional?

Livre, não tem órbita para o prender,

À mercê da gravidade, sem eixo rotacional.

Humanidade tão mutante quanto a da lua,

Ao sabor dos dias e de momentos diversos.

De “morte em morte” a vida continua,

No recolher dos cacos de sonhos dispersos.

Parte da natureza, mas a dominar o que existe,

O homem, quando sereno , se faz grande senhor.

Mera partícula perdida se torna quando triste,

folha caída,tronco sem vida, galho sem flor.

Natureza e homem dialogam constantemente,

Cúmplices e vítimas de momentos que passam...

De uma vida que escapa, que promete, que mente,

De instantes sublimes e momentos que fracassam.

Como o mar que sabe as vezes se revoltar,

Como nuvem que precisa, as vezes, chover...

O homem é sol quando o deixam brilhar,

Como o dia que finda, também sabe anoitecer.

Nutre o presente, renascendo simplesmente,

Como erva daninha que alguém esqueceu.

Ou se ergue do solo, como nova semente,

Buscando sentido para o que se perdeu.

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* Aos caríssimos amigos, poetas e escritores do Recanto, minhas saudações.Ainda com algumas dificuldades de retornar de fato ao nosso maravilhoso convívio, me desculpo por hoje ainda não retornar às agradáveis leituras de vossas obras.Conto com essa breve passagem para publicar três de meus escritos.Aos que os lerem, agradeço desde já.São apenas uma forma de me sentir voltando à casa onde fui tão bem recebida.Um grande abraço, até breve.

Heli Paula
Enviado por Heli Paula em 08/01/2008
Reeditado em 08/01/2008
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