A redescoberta
O corpo parece inútil,
Sem atividade
Apenas argumentos
Que o dia-a-dia
Exerce sem esforço
Galgando os simples
E teimosos laços
Com uma realidade
Mórbida e sórdida.
De repente
Percebe-se o inusitado
A emoção vem
O amor aflora
E a sociedade que relutava
Agora desfruta o doce
Numa arvore igual
A sensível e morena amora.
As calibradas emoções
Arrancam força
De onde não se sabe,
Uma virtude talvez
Embora relembremos
Dos sentimentos passados
Encalcar o presente
Sentindo na alma
A alegria do momento
É a redescoberta do silencio
Calado pelo medo
E acordado pela vontade.