CHUVA, SÓ CHUVA...

Poluição em meus ares

Casas, não lares

O que é esse mundo?

Será um poço fundo?

Que chuvas causadas

por prantos de fadas

tornou-o submundo

pobre, triste, profundo?

N’alma rasgos, no coração furos

Meus olhos puros

não conseguem acreditar

no filme que está a passar

A vida agora é fria

morreu o sonho, a fantasia.

Lágrimas à lua

brisa fresca, nua...

As cores... lampejo

E, onde mora teu desejo?

Não creio que eu conheça...

Isso é loucura, esqueça!

Mas, sim eu quero saber

como isso pode haver?

Onde enfim, mora a razão

desse meu sofrido coração?

Não saber conquistar

quem morre de tanto amar!

Um dia quem sabe...

Tanta água desabe

E, prove que toda essa paixão

nunca, jamais foi em vão!

Por isso, tudo o que posso querer

é que continue a chover.

Que lave a rua

a lembrança tua

e, o meu coração.