Simplório das Palavras

Ás vezes precisamos ouvir uma palavra,

Dura como pedra, para afundar nossos orgulhos

Necessitamos de palavras, várias,

Para ter festa dentro de um mesmo sentimento,

Na tentativa de explicar tão especial momento

Nenhuma palavra é lixo,

Pode ser descartável agora,

Depois, pode-se salvar um ato, um pensamento suicida

Nas discussões, palavras fazem parte da disparada roleta russa

Nas alegrias, diverte-nos num carrossel de emoções,

No dantesco silêncio, a sós, ficam com nossos pensamentos

De repente palavras morrem,

O nunca também existe para elas,

Principalmente quando queremos esquecer o que não merecemos

E crucificar tantos medos

Certas vezes nos calam na hora certa,

E quando latimos seu latim na hora errada,

Serão nossos espíritos e não as palavras, que estarão dispostos a morder almas

Para amar, as palavras nos vestem e despem

Nos traduz e dizem por si só quem realmente seduz

Amar sem palavras é tão possível

Porque as palavras são grandes de todas as formas,

Mesmo no vale do invisível inesquecível

Saibam os poetas que as palavras têm dono!

Os ouvidos e corações

A quem tanto flerta e flecha com suas inspirações

Aos políticos são conjunturas,

Aos poetas são musas,

Aos miseráveis, são injustas,

Aos mentirosos, são calúnias,

Aos felizes são púrpuras,

Aos amantes, são juras,

Aos inocentes, sempre puras.

Palavras são simples letras de concordância universal,

E quando precisamos delas,

Será para fazer do nosso mundo, um lugar real.