À janela.

Olho para o céu, vazio.

Os espelhos de casa

Só condizem à realidade.

Um opaco refletindo todas as luzes,

Perambulando sem caminho.

Mas aí pelo mundo,

Me encontro mais nítido,

E vivo.

À vontade entre o peso dos prédios e

A leveza da natureza.

Sorrio sempre,

Caminhar ao lado de seus passos,

Outros passos mais.

E a dois passos ou menos,

Aquela velha tensão, questão,

Algum medo.

Bah, medo do que? Da vida,

Mútuo, ou imaginado?

Em comum todo esse tempo,

Espaço, lugar.

Lugar esse, onde me sinto bem.

No meu lugar, aí fora,

Na minha casa.

Pancho
Enviado por Pancho em 06/12/2005
Reeditado em 06/12/2005
Código do texto: T81782