FOGUETE

Poesia de palavras impuras lançadas ao vento

Na tortura de um tédio mortal, um luto agonizante

A expectativa de uma notícia ansiada que não vem

Poderia eu caminhar então pela longa estrada até o fim

Perpassando desertos, subindo montanhas

Procurando um novo rumo pra seguir

Cheia de sonhos e de planos

Dessa vez com forças para realizar

O momento é esse, é o ponto de partida

Só preciso ter coragem para causar o estopim

Sem medo nos meandros, preparando grandes feitos

Sonhos surrados dentro de mim

Esses sonhos, ah!, esses sonhos

Posso prever as conseqüências de realizá-los ou não

Mas não me custa ser heróica comigo mesma

E uma vez procurar me satisfazer

Dançarei eternamente uma dança nova

Da felicidade repartida entre mim e eu

Olha quanto tempo perdi em vão

Procurando assentimento e aprovação